O PACS (Picture Archiving and Communication System ou Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens) é responsável por uma verdadeira revolução tecnológica na medicina diagnóstica graças a uma função extremamente específica: a captura, armazenamento e compartilhamento remoto de imagens médicas por meio de redes.
Segundo o consultor de sistemas e fundador da SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde), Renato Sabbatini, há algumas expectativas infundadas em torno da tecnologia, como a ideia de que qualquer tipo de exame pode ser armazenado no sistema e a não necessidade de investimento em infraestrutura. O especialista aponta que a falta de um entendimento profundo sobre o PACS pode levar à má escolha da tecnologia, o que acarretaria, inclusive, no comprometimento dos diagnósticos e na segurança dos dados do paciente.
Conheça as cinco expectativas infundadas mais comuns relacionadas ao PACS, segundo o especialista:
Como o nome já diz, o PACS tem como finalidade trabalhar com imagens. O sistema não vai armazenar dados de coleta de sangue ou de outros exames: existem outros softwares adequados a esse fim.
O PACS arquiva desde resultados de ultrassom, endoscopia, radiografia, colonoscopia, mamografia, até imagens dermatoscópicas e de eletrocardiograma, por exemplo. Mesmo uma foto do paciente pode ser armazenada. O sistema aceita arquivos em JPG e TIFF, desmistificando, assim, o conceito de que estaria restrito a conteúdo radiológico no padrão DICOM.
Com a disseminação do PACS, é comum pensar que basta ter um software para o médico fazer um diagnóstico de qualquer lugar, usando um tablet ou computador pessoal. Não é bem assim. O sistema deve ser implantado em um terminal com resolução adequada para cada modalidade de imagem, seja de um raio X ou de um ultrassom. Caso contrário, podem ocorrer erros de visualização e, consequentemente, de diagnóstico. Laudos em computadores não homologados pela Anvisa são ilegais.
Quem vai fornecer os laudos remotamente precisa ter em mente que deverá arcar com o custo de um computador com acesso à internet e de um display de alta resolução. Além disso, como os laudos podem ser emitidos eletronicamente com assinaturas digitais, sem a necessidade de serem impressos, é necessário arcar, também, com um carimbo do tempo (timestamp). O carimbo do tempo é o selo que atesta a data e hora que o laudo recebeu a assinatura digital. Ele deve ser emitido por uma Autoridade de Carimbo do Tempo (ACT), credenciada pelo Instituto de Tecnologia da Informação (ITI). Um carimbo do tempo aplicado a uma assinatura digital dá confiabilidade ao conteúdo, que se mostra imune a adulterações, além de gerar evidência técnica sobre o que foi atestado.
A certificação da solução PACS é necessária para garantir a qualidade e a segurança das informações do paciente, que são confidenciais. Há, contudo, softwares no mercado que não possuem certificação, o que aumenta o risco de erros em diagnósticos e exposição de dados. No Brasil, os softwares devem corresponder às exigências da Anvisa e serem certificados pelos seus fabricantes e por entidades especializadas.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) permite à SBIS certificar o software usado no ambiente hospitalar como no de medicina diagnóstica. Para isso, deve ser atestada a qualidade da informação do paciente, se ela pode ser lida em outros sistemas e se os dados estão seguros. Assim como as imagens, os dados do paciente (sexo e idade, por exemplo) e o laudo têm que ser protegidos contra hackers ou visualização indevida.
Por meio de uma resolução (RDC-30/2015), a Anvisa passou a obrigar os laboratórios de imagem a fornecer laudos de exames com assinaturas digitais padronizadas. A medida visa a garantir que somente médicos especializados e que possuam um certificado digital emitam os laudos.
Diferentemente dos médicos e profissionais de saúde, o paciente geralmente não tem acesso direto aos dados armazenados no PACS. O que muitos sistemas fazem é transferir as informações para um site – este, sim, direcionado aos usuários, protegido por senha. Pelo sistema de visualização é possível, também, gerar um DVD com as imagens do PACS e entregar ao paciente.
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